quinta-feira, 13 de março de 2014

2º Capitulo – Believe

“Meu corpo se arrepia ao seu toque...”


Já passava das oito horas, Martina carregava-me pela mão como se cuidasse de uma criança de cinco anos. Guiava-me por entre as diversas lojas presentes na Times Square e lá fora ouvia-se o som animador de um sábado a noite. Estava carregando duas sacolas médias – com duas blusas, uma saia e dois sapatos – enquanto Martina ocupava seus braços com cinco. Ri quando ela me puxou para dentro de uma perfumaria, largando suas sacolas desajeitadamente sobre o sofá de couro rosa no centro do lugar. Sentei-me posicionando as sacolas no chão e peguei meu celular, confirmando se havia alguma chamada ou mensagem de minha mãe, mas Martina percorria as prateleiras a procura da fragrância perfeita.
- O que você acha de Calvin Klein? – perguntou segurando um frasco em cada mão.
- Combina com você. Gosto do Euphoria.
- Qual é?
- O baixinho com vidro roxo. – apontei.
- Achei. – abriu o frasco e borrifou o liquido em um papel de prova, cheirando-o depois – Nossa! É maravilhoso.
- A senhorita irá levar? – perguntou a vendedora.
- Sim, obrigada. – a moça assentiu e foi embrulhar o perfume – E você Lanna, não vai levar nenhum?
- Talvez, preciso de uma marca. – ri debochada e me levantei.
Percorri meus olhos pelas prateleiras de vidro repletas de cores e fragrâncias, mas meus olhos se fixaram em um vidro branco e mediano, sua forma imitando uma garrafa moderna e sofisticada, de si pendia uma pequena chave. Caminhei até lá e o peguei em mãos, lendo a sua frente o nome “Justin Bieber: THE KEY”, abri a tampa quadriculada e aproximei a garrafa de meu nariz, absorvendo o cheiro doce que dele vinha. Era baunilha com um toque delicado de flores da primavera. Sorri e mais que depressa o carregava até o balcão.
- Esse perfume está saindo muito. – disse a vendedora – Muitas das meninas que o compram sequer o usam, é só por ser criação de Justin Bieber. – comentou enquanto o embrulhava.
- O cheiro é divino.
- Eu também acho. – entregou-me a sacola lilás e pequena – Tenham uma boa noite e obrigada.
Sorri para ela e encontrei Martina sentada em meio às sacolas no sofá, chamei-a e peguei minhas compras do chão enquanto ela tentava se organizar com as muitas sacolas que carregava.
Empurrei a porta de vidro com detalhes em rosa e saí da perfumaria, Martina se pôs ao meu lado e caminhamos pela calçada enquanto ela fala que deveríamos fazer uma viagem juntas, conhecer um lugar bonito que pudesse trazer-me um novo brilho. Quando de repente meu ombro é empurrado com força e as sacolas que carregava voam ao chão.
- Meu perfume. – exclamei baixo quando vi a sacola lilás inundada e o cheiro doce consumir o ar.
- Eu sinto muito. – uma voz máscula falou.
Abaixei-me e abri a pequena sacola, percebendo o frasco branco espedaçado e molhado.
- Droga. – murmurei.
- Quebrou? – perguntou Martina?
- Sim. – me levantei depois de recolher as sacolas.
- Olha aqui seu babaca, esse perfume foi caro. – Martina brigava com o homem que esbarrara em mim.
- Eu sinto muito, não foi de propósito. Eu posso comprar outro.
Levantei meu olhar e percebi o homem mediano, de braços fortes e mandíbula firme. Ele usava um capuz que cobria boa parte de seu rosto e óculos escuros, como se quisesse se esconder. Ele se abaixou e recolheu a sacola molhada da calçada, afim de verificar o frasco do perfume quebrado.
- The Key? – ouvi-o sussurrar, quase que como surpreso.
- Sim. É o nome dele.
- Eu posso comprar-lhe outro. Não se preocupe. – e então ele me olhou.
Sua expressão tornou-se indecifrável, ele molhou os lábios e baixou novamente o olhar.
- Não será necessário. – falei.
- Claro que é necessário! – interveio Martina.
- Não. Não é. Foi um acidente, ele não é obrigado a nada.
- Tanto faz. – ela deu de ombros – Vamos.
E então Martina começou a me puxar pela calçada, mas antes que pudéssemos sumir no meio da multidão que ocupava a avenida, ouvi aquele homem chamando-me.
- Espere! – gritou e se aproximou, ele já não segurava a sacola.
- O que foi? – Martina foi grossa.
- Esqueceu isso. – ele delicadamente pegou minha mão e em sua palma largou a pequena chave dourada que era presa ao perfume, seu toque delicado e o sorriso fraco em seus lábios eram surpreendentes, seu toque passava-me um arrepio rápido pelos braços, era quase estranho.
- Uma chave? – Martina novamente interveio grossa.
- Essa pode ser a chave. – ele sussurrou e deixou um sorriso fraco escapar.
- Obrigada. – sussurrei, tentando ver seus olhos através dos óculos, porém era impossível.

E então ele se virou e caminhou com as mãos nos bolsos. Virou sua cabeça e olhou-me, mas depois sumiu em meio a fumaça de baunilha que pairava no ar.

Continua...

sábado, 8 de março de 2014

1º Capitulo – Believe

“E é em casa que eu me sinto um ser humano de verdade.”


P.O.V Avalanna
Acordei espontaneamente naquela manhã, abri os olhos devagar percebendo a luminosidade fraca que o sol lá fora deixava entrar em meu quarto. Levantei-me preguiçosamente e caminhei até minha janela, abrindo as cortinas brancas e me sentando a bancada, minhas pernas flexionadas como um X. Lá fora eu via meu pai cortando a grama verde do quintal da frente enquanto mamãe podava suas belas flores. Sorri ao lembrar-me de que estava em casa e nada aqui se parecia eternamente mórbido.
Deixei a bancada e dei poucos passos até meu banheiro, liguei o registro de água do chuveiro e despi-me entrando em seguida. A água morna escorria por meu corpo e molhava meus cabelos tão docemente, me relaxava e mostrava-me que eu não precisava mais de ajuda para me lavar.
Saí do banheiro vinte minutos depois, o corpo envolto de uma toalha branca felpuda. Abri meu armário e tirei de lá uma muda de roupa para passar o dia, deixa-a sobre a cama e vesti-me de lingerie. Retornei até minha cama e vesti-me, saindo do quarto em seguida.
- Bom dia família. – disse quando cheguei na varanda da frente, vendo meus pais ainda no jardim.
- Bom dia filha. Tem waffles na mesa pra você. – disse mamãe, assenti.
- Bom dia, pequena. – gritou papai mais a frente.
Entrei novamente em casa e guiei-me até a cozinha, onde encontrei um prato repleto de waffles com caramelo a minha espera. Servi um copo de suco de laranja e me sentei à mesa saboreando o doce café da manhã. Ouvi a porta da sala sendo aberta e julguei que meus pais haviam terminado seu trabalho matinal, porém ouço gritinhos entrando na cozinha e viro-me na cadeira.
- Avalanna. – grita a ruiva alta que por acaso é minha melhor amiga.
- Martina. – em um pulo eu já a abraçava com a saudade eminente.
- Nossa, como você tá linda. Parece bem melhor. – comentou.
- Eu? Olha pra você, toda luxuosa. Me conta como foi sua viajem pra Alemanha.
- Depois, termina de comer e eu te conto tudo.
Assenti e me sentei terminando as ultimas garfadas do café da manhã. Deixei o prato e o copo na pia e puxei Martina até meu quarto, que ficou deslumbrada dizendo “Você passa cinco anos em um hospital com paredes brancas e sem vida, mas nunca perde o dom da beleza.”. E logo depois estávamos sentadas em minha cama tagarelando sobre a Alemanha.
- Você tem que ir lá um dia. É maravilhoso. Existem pessoas que não acham a Alemanha o melhor lugar para turismo, mas eu discordo. Foi incrível passar um ano e meio lá, são todos tão simpáticos.
- E sua família lá? Como eram.
- Eles eram riquíssimos, o que me deixou um pouco desconfortável no inicio. A mansão em que viviam tinha 8 quartos, 6 banheiros, duas piscinas, uma casa de hospedes, academia, garagem para os 4 carros luxuosos que eles tem, uma área de equitação, campo de golfe...
Interrompi – Como você não se perdia lá dentro? – franzi o cenho.
- Acredite, me perdi mais vezes do que posso contar. – e então rimos.
- Mas agora você está aqui com sua amiga classe média. – mandei-lhe um beijo no ar.
- Prefiro isso a trilhões de dólares. – e então nos abraçamos novamente.

P.O.V Justin
Eu estava escorado na parede da ala de embarque, a mochila pendendo nos ombros e o celular na mão. Esperava pelo meu voo com rumo à New York onde passarei alguns dias em estúdio. Tudo está tão complicado agora. São rumores e mentiras, criticas e julgamentos, as pessoas acham que eu sou um arrogante sem coração que faz as coisas horríveis por prazer. É horrível sentir que ninguém mais sabe o quão bom você é.
- Justin, o avião está a nossa espera. – comentou Ryan chamando-me atenção.
- Estou indo, cara.
Guardei o celular no bolso da calça e caminhei ao lado de meu melhor amigo para dentro do avião. Encontraremos meu pai por lá e eu estou feliz com isso, pois faz meses que não vejo meus irmãos e sinto mais saudades do que posso aguentar.

P.O.V Avalanna
- Eu tive uma ideia. – gritou Martina levantando-se da cama.
- Que ideia?
- Vamos sair. Fazer compras, nos divertir.
- Ah não. – resmunguei.
- “Ah não”? – repetiu indignada – Vamos sim, são quatro horas da tarde e estamos desde as onze da manhã aqui colocando o papo em dia.
- E isso não é bom? – franzi o cenho.
- Não, não é. Você precisa de um brilho novo, Lanna.
- Brilho novo?
- Sim. Vamos fazer compras e jantamos pela cidade.
Bufei rendendo-me – Tudo bem. Vamos achar meu brilho. – fui irônica enquanto me levantava.
- É isso aí, amiga.
Ri enquanto caminhava até meu armário, escolhendo algo bom o bastante para um fim de tarde e uma noite na cidade. Peguei uma roupa e acenei para Martina perguntando se ela queria tomar um banho, ela disse que sim e correu para o banheiro. Separei minha roupa sobre a cama e fui até minha penteadeira arrumando os cabelos, maquiei-me com pouco e logo me vesti, esperando Martina.
Depois de vinte minutos, a ruiva deixou o banheiro e caminhou até meu armário onde escolheu uma roupa bem princesa, típico dela. Esperei por mais vinte minutos e estávamos prontas.

- Mãe? – chamei ao pé da escada.
- Na sala. – ela gritou em resposta, caminhamos até lá.
- Eu e Martina vamos para a cidade, tudo bem?
- Claro, só não voltem tarde.
- Pode deixar. – beijei sua bochecha.
- Tchau Senhorita Routh. – disse Martina, educada.
- Tchau meninas, tenham uma boa noite.
Saímos de minha casa e caminhamos lado a lado até o Mini One conversível de Martina estacionado paralelo à calçada. Entrei e coloquei o sinto de segurança, levando meus dedos ao rádio em seguida. A ruiva deu partida ao som de Dark Horse, da Katy Perry, e cantávamos em uníssono e riamos aos erros de pronunciação.
- Nós vamos nos divertir muito. – comentou Martina.
- Eu espero que sim, por que você me tirou da cama. – rimos.


Continua...

quinta-feira, 6 de março de 2014

Prólogo – Believe

Para todos aqueles que não estão informados no novo rumo da história, leiam aqui!

“Eu ouvi sua voz... Foi então que me senti mais viva!”


Eu estava lá, deitada novamente naquela cama de hospital. O som do rádio soava baixo dentro do quarto enquanto mamãe lia suas costumeiras revistas. Faz um tempo que as coisas estão assim, paradas e rotineiras. Aos 12 anos tive uma recaída forte, minha cabeça latejava e meu corpo doía, estava em estado instável e parecia que cada parte do meu corpo poderia se tornar pó a qualquer instante. Com 14 anos me encontro internada, são dois anos passando por procedimentos, exames e testes que possam certificar aos médicos que estou melhor para voltar a minha rotina normal.
São raras às vezes em que vejo meu pai sorrir e minha mãe se preocupa a cada instante, não me deixa sozinha nem por um segundo. Nada mais parece ser normal. Eu vivo entre quatro paredes brancas durante 24 horas, todos os dias, há dois anos. Eu sentia como se não fosse mais uma pessoa, e sim um brinquedo quebrado que necessitava de reparos.
Eu mantinha meus olhos fechados quando, bem baixo no rádio, ouvi uma voz relaxante e doce. Na escuridão em que me encontrava, era como se um anjo cantasse sua mais bela canção ao pé de meus ouvidos. Senti um desejo de mais e abri os olhos, mirando-os a minha mãe.
- Mamãe? – chamei.
- Sim, querida.
- Poderia aumentar o volume do rádio, por favor? – ela assentiu e caminhou até o aparelho.
Eu continuei a ouvir aquele belo som, música era uma das poucas coisas que me mantinham viva dentro daquele lugar, mas aquela doce e sutil voz fez com que eu me sentisse bem o bastante para levantar-me, correr pelos corredores e sair do hospital, sentindo o sol quente queimando devagar meu rosto e sorrir sabendo que o mundo poderia ser meu novamente. Poderia ouvir aquela voz minha vida toda.
- “E esse foi Justin Bieber com seu primeiro single One Time. Nas próximas horas, mais sobre o novo astro teen que conquistou o mundo com sua simpatia.”. – o locutor terminou de falar e minha mãe tornou a baixar o som.
- Gostou da música, filha?
- Gostei da voz, me fez bem. – sentei-me devagar na cama.
- É uma bela voz. Ouvi falar dele enquanto assistia o jornal da televisão da lanchonete.
- Qual mesmo seu nome?
- Justin Bieber.
Sorri abertamente com os olhos vidrados na parede quadriculada a minha frente.
- Está tudo bem, querida? – perguntou mamãe, passando as mãos em meus cabelos.
- Justin Bieber. – repeti, ainda sorrindo.


Continua...

Aviso!


Olá queridos leitores.
Hoje venho aqui esclarecer minha demora em postagens e lhes dar uma novidade meio chata.
Demora: Minhas aulas começaram tem algumas semanas. Frequento o colégio particular com ensino um tanto rígido, o que me fez ter provas logo na primeira semana. Estou tentando melhorar nos estudos e também comecei a trabalhar durante a tarde - o que me retém do uso de internet por vários dias.
Novidade: Tive novas ideias para o andamento de “Believe” e isso envolve um novo contexto a história. Ela será reescrita com um prólogo seguido de seus novos capítulos.
Espero que entendam meus motivos e aceitem a mudança na história.
Tenham um bom dia.

Obrigada pela compreensão, Belieber.

sábado, 1 de março de 2014

1º de março de 1994

Happy birthday hero!

Hoje, dia 1º de março, um dos caras mais incríveis que já vi crescer completa 20 anos e se torna um adulto.
Eu evitava pensar que aquele garotinho de 16 anos cresceria e deixaria de ser o astro teen que acompanho desde meus 9 anos. Quando o relógio marcou 00h, eu havia acabado de chegar em casa, acabara de sair de uma sessão de estreia de Justin Bieber’s Believe e pensei comigo:
“É isso mesmo? Há pouco tempo eu via seu crescimento musical, eu chorei junto dele ao falar de Avalanna, eu ri quando sua mãe pediu para que ele levantasse suas calças, eu cantei as músicas com meninas desconhecidas, eu conversei com pessoas que nem imaginava existir, eu chorei como uma condenada e quase enfartei, para agora meu ídolo estar completando 20 anos?”
Mas eu sei que não importa a idade que ele faça, as bobagens que cometa e os erros que a mídia publique. Eu sei que eu o amo. Justin Bieber é uma das maiores razões da minha vida, o motivo de eu levantar da minha cama todos os dias pela manhã querendo fazer meu dia valer a pena. É nele que eu penso quando se fala em amor, heroísmo, inspiração. Ele é meu maior orgulho.
Eu o vi crescer de um garotinho de 12 anos cantando musicas no YouTube para um homem de 20 anos com duas turnês mundiais, 9 álbuns, centenas de prêmios e um numero incontável de fãs. Eu o vi de cabelo nos olhos, corpo magro e voz fina e mesmo assim eu o amei. Agora ele é um dos homens mais cobiçados do mundo, com sua voz mais grossa e danças mais sensuais.
Eu não sei o que seria de mim se Deus não tivesse enviado seu mais precioso anjo para me fazer feliz. Eu sou grata por ter Justin em minha vida. Mesmo com a distância, as consequências, as complicações. Ele me tem e eu sei que o tenho.
Nada no mundo pode se comparar ao meu amor pelo meu herói!
Oro para que nesse dia ele seja muito feliz, passe seu aniversário ao lado de seus amigos e familiares e possa passar de “Um péssimo aniversário” para “O melhor aniversário”. Espero que ele encontre a felicidade ao lado de uma mulher incrível que o faça questionar tudo e todos. Espero que ele possa conhecer todos e cada um de seus fãs, que perceba que não importa os erros que ele comenta, estaremos sempre aqui para apoia-lo. Eu peço que ele seja um bom filho, irmão e amigo. Peço que a mídia perceba que Justin Bieber não é apenas um “novo bad boy”, mas sim um homem cujo único sonho é fazer musica e manter sua base de fãs felizes sempre. Peço que Deus o abençoe com todas as forças e que faça dele o homem mais feliz do mundo.
Eu o amo tanto, não sei o que seria da minha vida sem ele!
Kidrauhl ou Bizzle, não importa. Ele é o Justin e apenas o Justin.
Feliz aniversário Biebs! Espero que seu dia se torne memorável!


Com todo o amor do mundo, sua belieber.