P.O.V Alana
Justin acabara de estacionar em
frente a minha casa. Jantamos todos juntos na lanchonete e admito que me
surpreendi com a atitude de Justin quanto a Cassandra, e quase não acreditei
quando o vi conversando com Ryan. No final da noite, todos estávamos rindo
entrando em seus devidos carros, e Justin me ofereceu carona... Algo que eu não
neguei.
- Boa noite, Lana. – ele sorriu.
- Boa noite, Jus. – beijei sua
bochecha – Obrigada.
- Posso vir pra cá amanhã? – ele fez
seu legitimo beicinho – Sessão cinema? – eu sorri, abobada.
- Eu vou adorar.
Saí do carro meio boba, fechei a
porta e acenei quando cheguei a porta. Entrando em casa, mamãe me olhou com sua
cara de “filha apaixonada” e eu não pude deixar de sorrir, mesmo sabendo que
tudo isso dentro de mim poderia estragar o que temos hoje. Mas eu sinto que
Justin estava mudando... Para melhor.
Em meu quarto, despi-me rapidamente
jogando a roupa sob o sofá e coloquei meu pijama. Atirei-me na cama e liguei a
televisão, onde passava músicas dos anos 80. Fechei os olhos com a cabeça
deitada sobre o travesseiro fofo e suspirei, me lembrando de seu sorriso e no
quanto o amo.
Acordei espontaneamente e me virei
na cama, pronta para dormir novamente, quando assusto-me e em um salto caio
direto ao chão.
- Nossa, não sou tão feio assim. –
Justin disse, rachando-se de rir.
- Você é um babaca. – falei enquanto
encarava o teto, deitada ao chão.
- Não fiz nada.
- Claro, é super normal eu acordar
e meu melhor amigo estar me encarando.
- Vem, levanta. – ele me puxou
novamente para a cama.
- O que faz aqui tão cedo?
- Cedo? Já são duas da tarde, Lana.
- O que? – olhei o celular para
confirmar – Já são duas da tarde, Lana. - repeti, fazendo Justin rir fraco.
Ficamos ali, jogando conversa fora,
deitados juntos em minha cama. Justin contava suas piadas sem noção e zoava o
fato do meu pijama ser de morangos. Riamos como crianças e pela primeira vez em
anos, senti que tinha meu amigo de volta!
À noite, mamãe pediu três pizzas
grandes e nos sentamos todos, incluindo Justin, na sala para comermos. Mamãe
falava o quanto era bom ver Justin novamente em casa e meu pai perguntava o que
ele guardava para o futuro. A noite foi se passando enquanto olhávamos filmes
de terror na sala e riamos do fato de tais serem tão previsíveis. Justin acabou
cochilando em meu ombro, e tudo o que eu sentia era seu coração bem próximo do
meu.
Por horas fiquei acordada apenas admirando
o belo trabalho que o Senhor fez ao criar aquele homem. Seus traços bem
desenhados, seus lábios carnudos e avermelhados com sua forma quase perfeita
dos corações que desenhamos quando crianças. A cor de seus cabelos, não nomeada,
mas criadas pelos anjos. Eu sentia naquele momento que tudo o que eu queria
excluir de dentro de mim, de todo o amor e paixão que pode estragar todos os
nossos anos de amizade, eu percebi que não poderia mudar a minha própria
escolha: ama-lo.
P.O.V Justin
Acordei no outro dia com Alana toda
torta com sua cabeça escorada no sofá, suas mãos envolvendo meu quadril e seus
lábios pouco abertos. Parei por alguns minutos para observa-la, algo que nunca
fizeram antes. Lembrei-me de quando brincávamos no quintal da casa da minha avó
quando crianças, na brincadeira de pega-pega em que eu sempre vencia, nos
sorvetes que comíamos e logo vomitávamos por termos ingerido demais.
Algo dentro de mim mudou em alguns
dias, aquilo que eu sentia para... Transar apenas com outras meninas, a
sensação de liberdade, aquilo tudo sumiu no momento em que ela abriu os olhos,
ali abraçada a mim. Seus belos olhos esverdeados. Um sorriso bobo e quase invisível
tomou conta de seus lábios e repentinamente eu a selei, calma e longamente.
- Por que fez isso? – perguntou assustada.
- Por que eu te amo!
E foi ali que eu senti que ela foi
minha mudança, a única capaz de me acertar!
FIM!!!!!!!!
Notas da autora:
Fim pessoal. Desculpem-me por essa mer** de história. A próxima eu JURO
JURADINHO que vai ser bem melhor!!! Espero que me perdoem.
Beijos, Belieber.