domingo, 15 de dezembro de 2013

Capitulo Único - Be Alright



P.O.V Selena Gomez
Eu e Justin andávamos normalmente pelas ruas do Canadá, nossa cidade natal. Gostávamos de caminhas pela praça pela manhã, ver as crianças correndo para todos os lados, como fazíamos quando pequenos. Tais lembranças me fazem sorrir largo, até demais.
- Quer tomar sorvete? – perguntou ele sorrindo.
- Claro.
Fomos caminhando e rindo até a sorveteria da esquina. O braço de Justin passava por cima de meus ombros, e um meu passava por sua cintura. Eu ria da piada sem graça alguma que Justin acabara de me contar. Meu sorriso é tão sincero ao lado dele. É como se não existisse o amanhã. E, se a cada 15 minutos que rimos temos mais tempo de vida, acho que só pelas suas piadas eu virei imortal.
- Um sorvete de creme e outro de morango. – pediu ele para a garçonete assanhada que estava praticamente jogando seus seios na cara de Justin.
- E mais uma coisa. – eu disse, chamando a atenção da loira.
- Sim?
- Pare de olhar para o meu namorado.
A loira oxigenada corou, virou as costas e foi pegar nosso pedido. Os olhos de Justin estavam arregalados e ele segurava o riso. Até nos sentarmos a mesa, e ele rir como uma hiena.
- Não precisava disso. – ele dizia, ainda rindo.
- Ela era muito assanhada. Estava prestes a abrir a blusa pra você.
- Mas ela era gata, Sel. – ele ria um pouco menos agora.
- Não importa. Você nunca ficaria com ela. – disse firme.
- E por que não, hein? – ele sorriu fraco, desafiando-me.
- Por que sou sua melhor amiga e, se eu digo não a você, é não.
Justin sorriu e deu um beijo estalado em minha bochecha.
(...)
- And I-I-I-I-I, will always-s-s love you-u-u – cantávamos e riamos eu e Justin.
Era quase como se tivéssemos seis anos novamente quando ouvíamos essa musica.
Paramos de cantar e caímos na gargalhada. Estávamos sentados à beirada do lago perto de minha casa. Eu quase rolava de rir na grama e Justin não estava diferente.
Quando finalmente paramos de rir, estávamos frente a frente. Eu estava sentada com “pernas de índio” e Justin também. Fomos normalizando nossas respirações. Eu olhava em seus olhos, e só então me lembrei do quão era apaixonada por aquele mar de mel.

“Eu estava sentada na cadeira rosa no quanto da sala pequena. As outras crianças riam sem parar como o filme sobre ursos que passava na televisão pequena da sala de aula. Era o meu primeiro dia na escola nova, eu não tinha amigo algum.
Levantei-me da cadeirinha e pedi à professora para beber água. Ela assentiu e pediu para que eu não demorasse.
Quando eu abri a porta para sair da sala do segundo ano, a mesma bateu com força em um menino loiro, e ele caiu no chão.
- Desculpe. – disse tímida e me agachando ao seu lado. Seus olhos estavam fechados e sua testa sangrava.
- Tá tudo bem. – ele foi gentil.
Passei a manga de meu moletom pela sua testa, limpando o sangue que escorria com cuidado, e então ele abriu os olhos. Meu pequeno coração pulsou tão rápido, parecia que iria sair pela minha boca pequena a qualquer momento. Eram olhos tão lindos. Tinham a cor daquele melado que mamãe me dava pela manhã, dizendo ser feito pelas abelhinhas.
- Meu nome é Selena. – eu disse baixo, ainda olhando os olhos do menino.
- Sou Justin. – ele sorriu.”

Aquela lembrança fez com que eu sorrisse, e Justin sorriu para mim, lembrando-me que seu sorriso poderia iluminar a cidade inteira. Ele olhava fixamente em meus olhos, e às vezes mirava meus lábios. Seus olhos tinham um brilho diferente agora. Estavam mais dourados que o normal. Ele molhou os lábios.
- Sel... – chamou-me baixo.
- O que?
- Eu quero muito fazer uma coisa.
- O que? – repeti a pergunta.
- Só não fique brava.
Eu não pude ao menos responder ou processar a informação, as mãos dele foram ágeis passando pelo meu rosto. Justin selou nossos lábios devagar, assustando-me de primeira. Mas então senti e entreguei-me, pois eu sabia que também desejava aquilo durante anos. Fechei meus olhos devagar e apenas fiquei sentindo aqueles lábios quentes e rosados em encontro aos meus. Ele pediu, delicadamente, passagem para a sua língua e eu cedi. Justin era cuidadoso, mas explorava cada canto de minha boca. Nossas línguas travavam uma guerra pacifica, sem violência. Senti então as famosas borboletas no estomago. Parecia que o mundo a nossa volta havia desaparecido. Nada existia, a não ser nós dois. Ali.
Depois de alguns minutos, a maldita falta de ar veio nos atormentar. Justin parou o beijo com dois selinhos longos, acariciando minha bochecha com seu polegar direito. Separamos nossos lábios e ele sorria, assim como eu.
(...)
- Mas por que estamos aqui? – perguntei pela décima vez.
Justin havia pedido para que eu me aprontasse que iriamos jantar. Vesti então meu vestido preferido. Um azul de alcinha, ele ia até o joelho. Estava usando minhas sapatilhas brancas e meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo bonito.
Justin levara-me até o lago em que demos nosso primeiro beijo há um mês. Sim, estamos ficando há um mês.
- Feche os olhos. – ele pediu, sem responder minha pergunta.
Eu revirei os olhos e então os fechei, assim como ele pediu. Fui sendo puxada com carinho por Justin, e ele me guiava por entre árvores. Eu sabia por que havia batido meu braço em uma delas.
- Pronto. Pode abrir. – ele anunciou.
Abri meus olhos e vi ali uma coisa extraordinária.
Havia luzes, como aquelas de natal, formando a frase “namora comigo?” na grama verde. Outras dessas luzes iluminavam as árvores, e alguns balões de gás estavam flutuando presos em galhos.
Virei-me para ver Justin e ele estava ajoelhado ao meu lado, segurando uma caixa pequena de veludo roxo. Dentro dela havia um anel, um lindo anel.
- Justin... – minha voz estava falha pela emoção.
- Selena Marie Gomez, além de minha melhor amiga para a vida toda, - eu sorri – você aceita ser minha namorada?
- Sim. – eu disse balançando a cabeça positivamente.
Justin pôs o anel em meu dedo anelar da mão direita, e em seguida ergueu-me do chão em um abraço apertado enquanto beijava meus lábios.
(...)
- E então amor, mandou a carta para a faculdade? – perguntou Justin.
Estávamos deitados em minha cama, minha cabeça estava apoiada em seu peitoral e ele acariciava meus cabelos negros.
- Mandei. – disse – Mas estou com anseio. Tenho 1 chance em 1000000 de conseguir essa bolsa.
- Você é a garota mais inteligente que já conheci.
- Mas é Harvard, Justin. Não é qualquer faculdade de Stratford.
(...)
- Feliz aniversário, amor. – disse Justin todo sorridente, me entregando um buquê enorme de flores roxas e brancas.
- Ai Justin. É lindo! – exclamei – Obrigada. – ele selou nossos lábios em um beijo calmo.
- Não sei o que seria de mim sem seu beijo. – sorri fraco e selei seus lábios.
(...)
Estava em casa, sozinha, jogada no sofá assistindo televisão. Justin havia ido jogar basquete com os garotos na cidade vizinha, onde tinham um torneio.
Ouvi uma batida fraca na porta e levantei-me para ver quem era.
- Pois não? – perguntei assim que abri a porta branca e grande de minha casa.
- Senhorita Gomez? – perguntou o homem, vestido como carteiro.
- Sim, sou eu.
- Uma carta da Universidade Harvard. – ele estendeu o envelope branco até mim.
Minhas mãos começaram a tremer, mas consegui então pegar o papel.
- Obrigada. – o homem assentiu e eu fechei a porta.
Sentei-me no sofá, depois de colocar o envelope na mesa de centro da sala. Fiquei encarando-o por alguns minutos, com medo ou receio do que poderia estar escrito ali. Aquilo mudaria, certamente, minha vida.
Depois de longos minutos, tomei coragem e peguei o envelope branco com o símbolo da faculdade estampado no seu lado superior à direita.
- Para Selena Marie Gomez, - comecei a ler, e então, fiquei sem fala – Não acredito!
(...)
Hoje era o dia, talvez o dia em que tudo mudaria.
Estava caminhando de mãos dadas com Justin pelo parque. Eu ria das piadas dele e não conseguia esconder meu sorriso apaixonado toda vez que ele sorria.
Depois de muito andar, nos sentamos em um banco. Olhei nos olhos de Justin e então abri minha bolsa, tirando de lá o mesmo envelope de dias atrás. Entreguei nas mãos do homem da minha vida, e ele o olhara sem entender.
- Abre. – disse.
Justin abriu o envelope e começou a lê-lo:
- É com grande orgulho que informamos que a senhorita acabara de conseguir uma bolsa na Universidade Harvard. - ele suspirou – Cambridge. – foi só o que disse.
- Eu consegui. – sorri fraco.
- Você conseguiu. – ele passou seu braço pelo meu ombro e eu aconcheguei minha cabeça em seu peitoral.
-  3.466 km. – o ouvi sussurrar, e meu coração se apertou.
(...)
- Está na hora. – Justin disse, colocando minha última mala no porta-malas do táxi que me levaria até o aeroporto de Toronto.
- Justin... – minha voz quase não se ouvia.
- Você vai ser uma grande advogada. – ele disse, e sorriu fraco.
- Eu... – não conseguia dizer.
- Você vai se atrasar para o voo.
- Ok.
- Tchau, Sel.
- Tchau, Jus. – meus olhos marejaram.
Entrei no banco de trás do táxi, meu coração se apertou. Olhei para trás e Justin estava lá, encarando-me com os olhos tristes. O carro começou a andar, mas eu não poderia ir assim.
- Pare, por favor. – pedi e assim o motorista freou.
Abri a porta do carro com rapidez e corri de encontro aos braços do meu namorado, meu melhor amigo, o homem certo pra mim.
- O que você está fazendo? – ele perguntou ainda me abraçando.
- Eu não poderia ir embora assim.
Ele estava confuso. Beijei seus lábios com carinho e delicadeza. Minhas mãos estavam em sua nuca e também acariciavam seus cabelos dourados. Ele me prendia em si, como se não quisesse me soltar jamais. Em meio ao beijo, coloquei o papel em seu bolso. E então, separamos nossos lábios com dois selinhos.
- Eu te amo! – afirmei.
- Eu também te amo.
Dei-lhe um beijo a bochecha e segui novamente ao carro, desta vez, partindo.

P.O.V Justin Bieber
E ela entrou no táxi novamente, depois do último “eu te amo” dito por ambos.
Coloquei a mão no bolso de trás de minha calça, e lá estava a carta de admissão de Harvard, mas com algo diferente. Escrito de caneta roxa, em letras grandes, por cima de todo aquele texto que acabara com meu amor, estava a caligrafia perfeita de Selena, transcrevendo: NEM 3.000 KM IRÃO DESTRUIR MEU AMOR POR VOCÊ!


                                                                                                                           FIM


Nenhum comentário:

Postar um comentário